terça-feira, 18 de agosto de 2009

Efeitos do álcool no organismo

O álcool etílico, substancia ativa das bebidas alcoólicas, produz inicialmente um estado de euforia d desinibição, seguindo-se um efeito depressivo sobre o sistema nervoso.

A intensidade dos efeitos varia de acordo com a quantidade de álcool ingerida e acumulada pelo organismo. Assim, a partir de uma concentração de cerca de 0,5 de álcool por litro de sangue, o individuo começa a se sentir relaxado e tranqüilo. Com concentrações entre 0,5 a 1,5 por L/S os reflexos e a coordenação motora diminuem, surgindo os primeiros sinais de embriagues: o indivíduo anda sem firmeza, tem dificuldade para falar e avaliar distancias e menos capacidade de raciocinar e aprender.

Entre 1,5 e 2 g começa a chamada intoxicação alcoólica: nota-se claramente que o individuo está bêbado, pois tem dificuldades de permanecer em pé, apresentando descontrole das emoções e idéias incoerentes. Com 3 g por L/S ele pode ficar inconsciente; concentrações maiores podem fazer-lo entrar em coma e morrer.

O Álcool é queimado pelas células do corpo, principalmente pelo fígado, servindo para produzir energia. Portanto, quando consumido ocasionalmente e em quantidades moderadas, seu nível no sangue aumenta pouco, não acarretando grandes problemas ao organismo. O perigo será menor se o consumo for principalmente de bebidas fermentadas, como cerveja ou vinho, de baixo teor alcoólico. As bebidas destiladas, como a cachaça, uísque, gim, vodca, e conhaque possuem um teor alcoólico bem mais alto, sendo mais prejudicial ao organismo.

De bebida social ao alcoolismo

O grande perigo do consumo de álcool é que, em algumas pessoas, o consumo social da lugar a um consumo excessivo, habitual e diário. Tais pessoas (alcoólatras) beber mesmo sozinhas e em horas impróprias, e prejudicando suas atividades normais. Seu organismo torna-se totalmente tolerante ao álcool, exigindo quantidades cada vez maiores para obter o mesmo efeito. Nesse caso, o álcool torna-se um inimigo poderoso, capaz de destruir física e mentalmente seu consumidor pelos seguintes motivos:

  • Como o álcool serve de combustível para as células, o alcoólatra, em geral, não se alimenta direito, sofrendo, portanto, de carência de alguns nutrientes essências.
  • O excesso de álcool, acompanhado de falta de ingestão de certas vitaminas, facilita o aparecimento de lesões nos nervos e no cérebro. Surgem problemas emocionais (irritabilidade), tremores nas mãos (dificultando tarefas de precisão), diminuição da vontade e da capacidade de aprender, perda de memória etc. Esse estado pode levar o individuo a uma psicose, caracterizada por alucinações (delirium tremens) e a morte.
  • A sobrecarga do fígado pode determinar a morte gradativa das células desse órgão que são substituídas por um tecido ineficaz. Essa doença conhecida como cirrose de Laënnec, e a causa de morte de muitos alcoólatras.
  • Contrariamente ao que se pensa, o álcool dificulta a digestão, alem de irritar a parede do estomago favorecendo a instalação de gastrite e ulceras.
  • Com a ingestão de álcool em excesso, os glóbulos brancos do sangue tem suas atividades prejudicadas, o que diminui a resistência do organismo as infecções.
  • A ingestão de álcool diminui os reflexos, a capacidade de julgamento e a avaliação de distancia e de perigo, prejudicando o trabalho e pondo em risco o a vida da pessoa, principalmente ao dirigir um veiculo. Estimava-se que 60% dos acidentes nas estradas as pessoas estavam alcoolizadas, antes da Lei Seca, Lei 11705.
  • Calcula-se que a expectativa de vida de um alcoólatra é reduzida de dez a dose anos.

Vale lembrar, finalmente, que o consumo imoderada de álcool tem efeitos perniciosos semelhantes ao uso de tóxicos: causa serrisimo distúrbios de personalidade, influi negativamente sobre a vida profissional, social, e familiar, e chega a aumentar a probabilidade de ocorrência de crimes e violência.

O alcoolismo é um problema mundial. Os gastos no combate a esta doença chegam a mais de 50 milhões de dólares anuais, só nos Estados Unidos. Segundo Associação Brasileira de Alcoolismo, 5% dos trabalhadores brasileiros são alcoólatras, o que prejudica a força de trabalho e a produtividade nacional.

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