terça-feira, 18 de agosto de 2009
Não existe uma causa única para o alcoolismo
Convulsões Por Abstinência De Álcool
(Convulsões Associadas ao Alcoolismo; Convulsões Associados ao Alcoolismo; Crises Convulsivas por Abstinência de Álcool; Estado de Mal Epiléptico Induzido pela Abstinência de Álcool; Estado de Mal Epilético Induzido pela Abstinência de Álcool)
Pr. jackson
Efeitos do álcool no organismo
O álcool etílico, substancia ativa das bebidas alcoólicas, produz inicialmente um estado de euforia d desinibição, seguindo-se um efeito depressivo sobre o sistema nervoso.
A intensidade dos efeitos varia de acordo com a quantidade de álcool ingerida e acumulada pelo organismo. Assim, a partir de uma concentração de cerca de 0,5 de álcool por litro de sangue, o individuo começa a se sentir relaxado e tranqüilo. Com concentrações entre 0,5 a 1,5 por L/S os reflexos e a coordenação motora diminuem, surgindo os primeiros sinais de embriagues: o indivíduo anda sem firmeza, tem dificuldade para falar e avaliar distancias e menos capacidade de raciocinar e aprender.
Entre 1,5 e 2 g começa a chamada intoxicação alcoólica: nota-se claramente que o individuo está bêbado, pois tem dificuldades de permanecer em pé, apresentando descontrole das emoções e idéias incoerentes. Com 3 g por L/S ele pode ficar inconsciente; concentrações maiores podem fazer-lo entrar em coma e morrer.
O Álcool é queimado pelas células do corpo, principalmente pelo fígado, servindo para produzir energia. Portanto, quando consumido ocasionalmente e em quantidades moderadas, seu nível no sangue aumenta pouco, não acarretando grandes problemas ao organismo. O perigo será menor se o consumo for principalmente de bebidas fermentadas, como cerveja ou vinho, de baixo teor alcoólico. As bebidas destiladas, como a cachaça, uísque, gim, vodca, e conhaque possuem um teor alcoólico bem mais alto, sendo mais prejudicial ao organismo.
De bebida social ao alcoolismo
O grande perigo do consumo de álcool é que, em algumas pessoas, o consumo social da lugar a um consumo excessivo, habitual e diário. Tais pessoas (alcoólatras) beber mesmo sozinhas e em horas impróprias, e prejudicando suas atividades normais. Seu organismo torna-se totalmente tolerante ao álcool, exigindo quantidades cada vez maiores para obter o mesmo efeito. Nesse caso, o álcool torna-se um inimigo poderoso, capaz de destruir física e mentalmente seu consumidor pelos seguintes motivos:
- Como o álcool serve de combustível para as células, o alcoólatra, em geral, não se alimenta direito, sofrendo, portanto, de carência de alguns nutrientes essências.
- O excesso de álcool, acompanhado de falta de ingestão de certas vitaminas, facilita o aparecimento de lesões nos nervos e no cérebro. Surgem problemas emocionais (irritabilidade), tremores nas mãos (dificultando tarefas de precisão), diminuição da vontade e da capacidade de aprender, perda de memória etc. Esse estado pode levar o individuo a uma psicose, caracterizada por alucinações (delirium tremens) e a morte.
- A sobrecarga do fígado pode determinar a morte gradativa das células desse órgão que são substituídas por um tecido ineficaz. Essa doença conhecida como cirrose de Laënnec, e a causa de morte de muitos alcoólatras.
- Contrariamente ao que se pensa, o álcool dificulta a digestão, alem de irritar a parede do estomago favorecendo a instalação de gastrite e ulceras.
- Com a ingestão de álcool em excesso, os glóbulos brancos do sangue tem suas atividades prejudicadas, o que diminui a resistência do organismo as infecções.
- A ingestão de álcool diminui os reflexos, a capacidade de julgamento e a avaliação de distancia e de perigo, prejudicando o trabalho e pondo em risco o a vida da pessoa, principalmente ao dirigir um veiculo. Estimava-se que 60% dos acidentes nas estradas as pessoas estavam alcoolizadas, antes da Lei Seca, Lei 11705.
- Calcula-se que a expectativa de vida de um alcoólatra é reduzida de dez a dose anos.
Vale lembrar, finalmente, que o consumo imoderada de álcool tem efeitos perniciosos semelhantes ao uso de tóxicos: causa serrisimo distúrbios de personalidade, influi negativamente sobre a vida profissional, social, e familiar, e chega a aumentar a probabilidade de ocorrência de crimes e violência.
O alcoolismo é um problema mundial. Os gastos no combate a esta doença chegam a mais de 50 milhões de dólares anuais, só nos Estados Unidos. Segundo Associação Brasileira de Alcoolismo, 5% dos trabalhadores brasileiros são alcoólatras, o que prejudica a força de trabalho e a produtividade nacional.
O USO DE DROGAS DURANTE A GRAVIDEZ
A maioria das mulheres grávidas faz uso de algum tipo de droga (medicamento ou drogas lícitas ou ilícitas). Os Centers for Disease Control and Prevention e a Organização Mundial da Saúde estimam que mais de 90% das mulheres grávidas fazem uso de medicamentos controlados ou de venda livre, drogas sociais (p.ex., tabaco e álcool) ou drogas ilícitas.
Os medicamentos e as drogas são responsáveis por 2 a 3% de todos os defeitos congênitos. A maioria dos outros defeitos congênitos tem causa hereditária, ambiental ou desconhecida. As drogas passam da mãe para o feto sobretudo basicamente através da placenta, a mesma via utilizada percorrida pelos nutrientes para o crescimento e desenvolvimento do feto.
Na placenta, as drogas e os nutrientes presentes no sangue da mãe atravessam uma membrana fina, a qual separa o sangue da mãe do sangue do feto. As drogas que uma mulher utiliza durante a gravidez podem afetar o feto de várias maneiras:
• Atuando diretamente sobre o feto, causando lesão, desenvolvimento anormal ou morte
• Alterando a função da placenta, geralmente contraindo os vasos sangüíneos e reduzindo a troca de oxigênio e nutrientes entre o feto e a mãe
• Causando contração forçada da musculatura uterina, lesando indiretamente o feto através da redução de seu suprimento sangüíneo.
Como as Drogas Atravessam a Placenta
Na placenta, o sangue materno passa pelo espaço (espaço interviloso) que envolve os vilos (projeções diminutas) que contêm os vasos sangüíneos do feto. O sangue materno que se encontra no espaço interviloso é separado do sangue do feto que se encontra nos vilos pela membrana placentária (uma membrana fina). As drogas presentes no sangue da mãe podem atravessar essa membrana, passando para os vasos sangüíneos dos vilos e passam através do cordão umbilical até o feto. O modo como uma droga afeta o feto depende do estágio de desenvolvimento deste e da potência e da dose da droga. Certas substâncias utilizadas no início da gestação (antes do 17º dia após a fertilização) podem atuar baseadas na lei do tudo ou nada, seja matando o feto ou não o afetando em absoluto. Durante esse estágio, o feto é altamente resistente aos defeitos congênitos. Contudo, ele é particularmente vulnerável a esses defeitos entre o 17º e 57º dia após a fertilização, quando seus órgãos estão se desenvolvendo. As drogas que atingem o feto durante esse estágio podem causar aborto espontâneo, um defeito congênito evidente ou um defeito permanente mas sutil (o qual é percebido mais tarde) ou podem não causar qualquer efeito perceptível. É improvável que as drogas utilizadas após o término do desenvolvimento dos órgãos causem defeitos congênitos evidentes, mas elas podem alterar o crescimento e a função de órgãos e tecidos formados normalmente.
O uso de álcool durante a gravidez pode causar defeitos congênitos. Os filhos
de mulheres que consomem quantidades excessivas de álcool durante a gravidez podem apresentar a síndrome do alcoolismo fetal. Eles são pequenos, freqüentemente com microcefalia (cabeça pequena), anomalias faciais e deficiência mental limítrofe. Menos comumente, eles apresentam anomalias articulares e defeitos cardíacos.
Eles não desenvolvem normalmente e apresentam maior probabilidade de morrer logo após o nascimento. Como a quantidade de álcool necessária para causar esta síndrome é desconhecida, as mulheres grávidas são aconselhadas a se abster do consumo de álcool.
OS EFEITOS DO ÁLCOOL NO ORGANISMO HUMANO
Efeitos do Álcool sobre o Cérebro
Os resultados de exames pós-mortem (necropsia) mostram que pacientes com história de consumo prolongado e excessivo de álcool têm o cérebro menor, mais leve e encolhido do que o cérebro de pessoas sem história de alcoolismo. Esses achados continuam sendo confirmados pelos exames de imagem como a tomografia, a ressonância magnética e a tomografia por emissão de fótons. O dano físico direto do álcool sobre o cérebro é um fato já inquestionavelmente confirmado. A parte do cérebro mais afetada costumam ser o córtex pré-frontal, a região responsável pelas funções intelectuais superiores como o raciocínio, capacidade de abstração de conceitos e lógica. Os mesmos estudos que investigam as imagens do cérebro identificam uma correspondência linear entre a quantidade de álcool consumida ao longo do tempo e a extensão do dano cortical. Quanto mais álcool mais dano. Depois do córtex, regiões profundas seguem na lista de mais acometidas pelo álcool: as áreas envolvidas com a memória e o cerebelo que é a parte responsável pela coordenação motora.
O álcool ingerido em grandes quantidades dificulta também a assimilação de vitaminas pelo organismo, principalmente a B1, essencial para a saúde dos nervos. É por isso que os alcoólatras têm os nervos afetados. Muitos passam então a fumar, na tola ilusão de assim contrabalançar o seu problema de nervos. Com isso mergulham rumo à total degradação física e anímica.
O álcool tem um efeito devastador no viciado. No alcoolismo crônico é comum a ocorrência do "delirium tremens"; o alcoólatra treme pelo corpo todo. A temperatura da pessoa pode chegar acima de 40°C e o suor é tão abundante que ele pode morrer de desidratação. A pele fica avermelhada em razão dos danos aos vasos sanguíneos sob a pele. Os nervos afetados podem causar impotência; o indivíduo também pode ficar estéril em razão dos efeitos tóxicos no esperma. O álcool ainda pode causar pressão alta, arritmia, ataques cardíacos, derrames cerebrais e danos aos músculos cardíacos. Os eletroencefalogramas de alcoólatras mostram que há um encolhimento cerebral; a destruição das células cerebrais provoca deterioração intelectual, perda de memória e demência. Também são comuns sintomas de depressão. O fígado, que converte o álcool num produto ainda mais tóxico, o acetaldeído, fica escravo da bebida e acaba negligenciando o metabolismo dos alimentos, o que leva ao acúmulo de toxinas e de gorduras no sangue. O excesso de álcool provoca ainda arteriosclerose e miocardiopatia (degeneração do músculo cardíaco), podendo também causar câncer de garganta, de esôfago e de boca. A pesquisadora Gilka Fígaro Galtas, da Faculdade de Medicina da USP, concluiu que a bebida causa de 80% a 90% dos casos de câncer de boca. Os principais danos causados nos órgãos são os seguintes:
Fígado: hepatite, cirrose (endurecimento e degeneração do tecido);
Pâncreas: pancreatite (inflamação na qual o pâncreas libera suas enzimas no próprio tecido);
Estômago: gastrite, úlcera;
Sistema nervoso: lesões cerebrais, epilepsia, psicose e demência;
Estudos revelam também que o uso do álcool tem um efeito definido e desfavorável em várias glândulas do corpo. Nos homens, o uso do álcool determina certa atrofia nos testículos, resultando uma redução no número de espermatozóides produzidos. Em casos extremos esta produção desaparece. Nas mulheres, revela-se um efeito semelhante nos ovários.
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domingo, 26 de julho de 2009
Há sete meses, Anderson Lopes Miranda, de 33 anos, vivia com as duas filhas – de 1 e 3 anos - e a mãe das meninas em um albergue para famílias na capital paulista. Sobrevivia de recolher latinhas. Mas, como líder do Movimento Nacional da População de Rua (MNPR), já havia viajado a Brasília mais de 20 vezes e a países como Alemanha e Argentina. Isso para pedir, principalmente, o fim do assistencialismo e início das políticas públicas para os moradores de rua. “Chega de ser um problema só de assistência, queremos ser tratados como problema de saúde pública, educação, trabalho e habitação”, afirma.
Órfão de pai e mãe, Miranda viveu em orfanatos até os 14 anos quando saiu para morar em uma pensão e trabalhar como office boy. A primeira noite na rua aconteceu poucos meses depois, quando voltava de Atibaia, no interior de São Paulo, e o ônibus quebrou. “Estava na rodoviária do Tietê às 2h quando dois homens me assaltaram, levaram R$ 2 mil, roupas e tudo que eu tinha”, conta. Sem família e sem dinheiro, Miranda foi para a rua.
Miranda, hoje com casa e família, defende moradores de rua . Sozinho, aprendeu a “não dormir, só cochilar”. “É aquele medo à noite. Entrava em crise comigo. Se passava alguém perto, já levantava rápido”, afirma. No centro da cidade, debaixo de uma marquise no bairro da Barra Funda, conta presenciou a morte de um morador de rua por dever R$ 80 a outro. “Os dois brigaram e um meteu um paralelepípedo na cabeça do outro”, lembra.
Com medo, começou a “pegar o trecho” – gíria para andar de uma cidade a outra. Em uma de suas caminhadas, no ano de 2000, afirma que foi a pé de Minas Gerais até a Bahia. Quando chegou em Itabuna, no sul do Estado, foi atropelado por um caminhão. “Me levaram para o hospital, mas quando souberam que eu era indigente me jogaram uma tala e me deixaram na cama por três dias. Eu só recebia bolacha de água e sal e água”, diz ele, que afirma ter chegado a pesar 35 quilos.
De volta a São Paulo, já recuperado, Miranda iniciou a luta em defesa dos moradores de rua. Em 2004, após o assassinato de sete pessoas que dormiam na Praça da Sé, região central de São Paulo, foi organizado o primeiro Movimento Nacional dos Moradores de Rua.
Luta pelos moradores de rua
Em 2005, aconteceu o primeiro seminário da população de rua em Brasília, que reuniu diversos representantes da sociedade civil e do governo federal para discutir a questão. No ano seguinte, foi criado um Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) para elaborar uma Política Nacional para a População de Rua.
O segundo encontro nacional da população em situação de rua ocorreu em 19 de maio último, em Brasília. No evento, estiveram presentes cerca 170 moradores e ex-moradores de rua, além de ONGs e ministros.
"Não queremos guetos. Queremos conviver"
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), A Política Nacional passou por ajustes neste encontro. Quando o novo texto estiver pronto ele será encaminhado ao presidente Lula para que se torne um decreto.
A intenção, conforme o governo, é que os ministérios envolvidos no programa transformem as diretrizes da política em plano de trabalho.
Miranda afirma que a Política Nacional pede principalmente a inclusão do morador de rua nos programas já existentes. “Não queremos a criação de banheiros públicos só para moradores de rua. Não queremos gueto, queremos conviver”, explica.
"Não consigo sair da rua, se eu não ficar duas ou três noites dormindo na rua eu enlouqueço"
Entre as propostas, está a de que 5% das vagas de moradia da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) sejam destinadas à população de rua.
Vida nova com hábitos antigos
Com residência fixa e carteira assinada, Miranda, hoje, pode dizer que saiu da situação de rua. Vive as duas filhas e a mãe delas em um apartamento da CDHU na Cidade Tiradentes, no extremo leste da capital. Mesmo com a casa, ele diz que não perdeu alguns hábitos antigos. “Não consigo sair da rua, se eu não ficar duas ou três noites dormindo na rua eu enlouqueço”, afirma.
Outro costume que permanece é o de recolher latinhas. Com a diferença que hoje não as vende mais, só repassa para quem precisa. “Mesmo trabalhando eu cato latinha, se não fizer isso eu perco a minha raiz. Minha vida sempre foi essa, nunca depender só dos outros. É o que me sinto feliz”, diz.
sábado, 25 de julho de 2009
Projeto adote um morador de rua
domingo, 12 de julho de 2009
“Falta uma porta de saída para não continuarmos nas ruas"
Divulgação
Robson César Correia de Mendonça
Depoimento de Robson César Correia de Mendonça, coordenador geral do Movimento Estadual da População em Situação de Rua de São Paulo, concedido à Viva o Centro para a série especial "Enfrentando a tragédia que é morar na rua".
Vítima de violência
Cheguei em São Paulo em 1999 e fui vítima de um seqüestro relâmpago. Fiquei sem nada. Perdi todos os meus dentes e passei a morar na rua. Por conta de toda a violência que sofri, abri um processo contra o Estado. Dez anos depois, esse processo ainda tramita na Justiça Federal.
Depois do sequestro, fui encaminhado pela Polícia Militar a um albergue noturno de Santo Amaro, onde dormi por um tempo, mas como vivi no Sul do país, para mim morador de rua era bêbado, vagabundo, pessoa que não tinha serventia. Custou para acreditar que estava naquela situação. Eu não me aceitava.
Dormi em alguns albergues, mas percebi que não tinha futuro continuar ali e seguir regras, muitas vezes absurdas, ser mal alimentado, dormir mal, ser humilhado, e resolvi dormir definitivamente na rua.
Na rua eu tinha um pouco mais de liberdade, não tinha que cumprir horários, não tinha ninguém para me encher o saco, dizendo que tinha que pegar fila para isso, para aquilo.
Quando resolvi sair dessa situação, tinha apenas um dinheiro para alugar um cômodo em um cortiço. Pedi colchões e cobertores em um albergue. Fui falar com o serviço social que precisava de uma cesta básica, porque o dinheiro que tinha já era para pagar o outro mês do aluguel, mas disseram que eu não tinha direito.
Quase tive que voltar para o albergue, mas tinha que resistir. Ia ao mercado público e pegava frutas e verduras que ficavam amassadas para comer, não queria voltar para o albergue. Ainda não tenho salário fixo, vivo de venda de latinhas e papelão e pago meu aluguel.
Perfil do morador de rua
Geralmente chamam o morador de rua de mendigo. Mendigo é quem vive na mendicância, não estou dizendo que não viva na mendicância, mas o morador de rua não esmola, pode esmolar para bebida, mas para comida ele vai em portas de restaurantes. Não fica pedindo dinheiro.
Nós precisamos entender que temos o morador de rua que vive na rua e não quer sair das ruas, existem aqueles que estão em situação de rua que moram em albergues, abrigos, moradias provisórias, hotéis sociais, cortiços; eles estão ali, mas a qualquer momento podem voltar para as ruas. Temos também os trecheiros, que são aquele que hoje está aqui, amanhã na Bahia, Rio de Janeiro, e depois volta para cá novamente.
Nós temos nos albergues uma grande quantidade de ex-presidiários, que saíram dos presídios, e por não existir uma política para eles, acaba indo para os albergues, pois não tem inclusão na família, no mercado de trabalho.
Nós temos as pessoas que vêm da periferia, que por não ter dinheiro para pagar a passagem para voltar do Centro para suas casas acabam procurando os albergues e vão para casa só nos fins de semana. Isso dificulta muito para outros moradores de rua que vêm de outras cidades para cá e não têm vaga. Existem 38 albergues em São Paulo, 6 mil leitos e 19 mil moradores de rua, é muito complexo.
Nós temos uma grande parcela de moradores de rua com problemas mentais e alcoólatras. As pessoas bebem porque se vêem sem nada e entram em desespero. As pessoas procuram o álcool para se esconder da realidade que estão. Você encontra geralmente o morador de rua com um litro de cachaça e outros drogados. E não tem ninguém para estender a mão e tirar ele da situação que está.
O Município e o Estado não oferecem condições para a pessoa recuperar a auto-estima. Acham que um prato de comida e uma cama são suficientes para o morador de rua. Isso é apenas suficiente para a ONG que trabalha com isso, pois ganha por cada pessoa que entra, mas para o morador de rua não.
Existem moradores de rua que fizeram faculdade de direito e passaram no exame da OAB, outros se formaram em jornalismo, medicina. Lá em Pernambuco teve aquele jovem que dormia nas ruas e passou em um concurso público para o Banco do Brasil. Nós tivemos vários casos de vencedores da rua, mas são pessoas que venceram com muita dificuldade.
Experiência em albergue
Percebi que os albergues eram simplesmente depósitos humanos e até hoje têm essa característica. A pessoa chega e os funcionários apenas perguntam de onde você veio, o que veio fazer e quanto tempo vai ficar. Depois dizem a que horas você tem que sair e se não cumprir essas regras é desligado.
Tinha tolerância de pertences. No maleiro deveria ter apenas duas calças, duas camisas, um par de sapato. Quem tivesse a mais de bagagem tinha que dispensar o excesso. Não podíamos ter quase nada.
Nós escutamos que o morador de rua não quer ir para o albergue porque não pode beber, usar drogas, e não quer tomar banho. Tudo isso é mentira. Dentro do albergue, eu cansei de ver pessoas bebendo e usando drogas, não tem ninguém para fiscalizar. Quando um monitor pega usando drogas ou bebidas ele bota para fora.
Organizando-se
Um dia uma assistente social conversou comigo. Ela estava assumindo o albergue de Santo Amaro e tinha formado um grupo de auto-ajuda. Eu e outros colegas passamos a interagir com esse grupo que se reunia no albergue quase todas as noites. Fazíamos terapia em grupo, cada um contando quem era. A gente falava das nossas perspectivas de vida e isso me deu ânimo. Depois eu me mudei para o Centro.
No Centro, nos juntamos com o pessoal dos albergues Arsenal da Esperança, Ligia Jardim e Jacareí. Demos início a um movimento para lutar pelos nossos direitos. Na época, ele se chamava Movimento de Esperança do Povo da Rua. Trabalhamos nisso.
Alguns companheiros achavam que formar um movimento resolveria tudo, que a gente iria melhorar de vida do dia para noite, porque nós tínhamos uma lei, a 12.316. Nós nos informamos sobre ela e realizávamos palestras na Câmara e na Assembléia Legislativa.
Lei 12.316
A 12.316 é uma lei da Aldaíza Sposati. Sancionada pela Marta Suplicy e complementada pelo Decreto 4232.
A lei dá garantias à população de rua. Diz como as pessoas têm que ser tratadas, quais são as obrigações do município para com a população de rua. Diz que o município tem que dar albergues com capacidade para 100 pessoas cada um, ter assistente social para dar encaminhamento para documentação, cursos profissionalizantes, emprego e contato com a família. Se essa lei fosse cumprida não teríamos esse aumento considerável da população de rua.
Fala-se sobre maleiros para guardar pertences, banheiros públicos e refeitórios comunitários para a população de rua. Tudo isso está na lei, que nunca foi cumprida, a não ser pela criação do Refeitório Pena Forte Mendes, próximo à Praça 14 Bis. É um restaurante comunitário da população de rua, que dá café, almoço e janta. É mantido por um convênio entre a Prefeitura e algumas entidades, mas a demanda da população de rua é muito grande, então é impossível caber todo mundo ali.
Por não cumprir a lei de abrigar apenas 100 pessoas, os albergues que têm menos recolhe até 450. Geralmente são três monitores, como esses monitores fiscalizam essas 450 pessoas? Por esse motivo acontecem infrações dentro dos albergues, e muitas vezes, aquele funcionário é despreparado para tratar o morador de rua.
Criam-se certos atritos entre funcionário e usuário. Para que isso melhore é preciso cumprir a lei. Você acha que um lugar com 1.150 pessoas, como o Arsenal da Esperança, todo mundo se conhece? Na tem condições. O sujeito chega no albergue, toma o banho dele, janta e vai se deitar. De manhã acorda, toma café e vai para rua. Ninguém pergunta se tem um documento, se precisa de um, se tem capacitação profissional para enfrentar o mercado de trabalho, não sabem como está seu estado de saúde físico e psíquico.
Programas que já foram criados
A Secretaria (Smads-Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social) fala em 12 mil pessoas na rua, mas nós sabemos que hoje a população de rua chega a 19 mil, isso em dados concretos. O último senso em São Paulo é do ano 2000, a lei diz que deve ser feito de dois em dois anos.
São várias irregularidades administrativas por causa do descumprimento da lei, que faz com que a população de rua cresça e muitas entidades se aproveitem para ganhar em cima do morador de rua. Isso é uma realidade que a gente sabe muito bem.
O morador de rua é pago por cabeça. Tempos atrás, foi criado o X Rua, um sistema que controlava a entrada e a saída do morador de rua nos albergues. Então o camarada chegava na cidade, ia para o albergue e depois de cadastrado, era jogado automaticamente no X Rua. Assim a Smads saberia onde está fulano e quanto aquela entidade iria receber por ele, mas acontece que muitas entidades mandavam a pessoa embora e não retiravam o nome dela do sistema, e esse usuário passava a freqüentar outra entidade e a entidade passava a receber pelo mesmo.
O município pagava duas vezes pela mesma pessoa, então o X Rua foi muito falho. Tivemos também as Kombis do São Paulo Protege. Eu chamava isso de marketing para gringo, porque elas ficavam paradas em determinados cantos cadastrando, mas não protegiam ninguém. Era apenas uma Kombi para transportar o morador de rua ao albergue. Diziam que a Kombi tinha um atendimento especial, mas não tinha atendimento especial nenhum.
Humilhação
Fatores como esses são muito desgastantes para a população de rua. Por exemplo, quando chega o inverno e vem a chamada frente fria, está na lei que a Prefeitura tem obrigação de recolher todas as pessoas que estejam dormindo nas calçadas em situação de miséria. Então a Prefeitura abre vagas a mais nos albergues para levar mais gente.
É desgastante e humilhante ficar das 14h até 21h, ou 22h, em uma fila esperando um assistente social, um monitor para fazer o cadastro para entrar na Kombi. Esta aparece só por volta da meia-noite e só sai para o albergue quando estiver lotada, e isto depois de descobrir em qual albergue tem vaga. A essas alturas já são 2h ou 3h da madrugada. Levam essa pessoa para lá e ela tem que sair às 6h da manhã. Não dorme nada. Chega, tem que tomar banho, comer alguma coisa, preencher ficha. Terá de acordar às 5h da manhã para as 6hs voltar para rua. Não dá.
Eu conheço pessoas que nasceram, casaram, tiveram filhos e netos na praça e, de repente, foram para um albergue. Na praça não tem banheiro público para ele puxar descarga, não tem papel higiênico. Então elas chegam ao albergue, fazem as necessidades em qualquer lugar e vão embora. O funcionário, despreparado, xinga, e o morador de rua não gosta, pois tem pavio curto por conta de toda violência da rua.
Questiona-se muito do morador de rua por fazer suas necessidades nas portas das loja e dormir nas ruas, mas não tem cama suficiente para todo esse pessoal nos albergues e não tem banheiros públicos.
Quantos banheiros públicos têm no Centro de São Paulo? Não têm. Se colocassem banheiro público e falassem para o morador de rua que se ele for pego fazendo nas ruas vai ser penalizado – não precisa prender –, mas terá que lavar, varrer, deixar brilhando, resolve, ele não vai fazer de novo. Sem banheiro público vai cobrar o quê?
Projeto Quadrangular
Entregamos ao Floriano Pesaro, quando ele era gestor da Smads, o Projeto Quadrangular que o movimento criou, que daria uma porta de saída para o morador de rua. O albergue é uma moradia provisória, mas a pessoa acaba ficando em uma rotatividade de albergues. Sai de um e vai para outro. Não tem uma porta de saída.
No nosso projeto, daríamos um direcionamento e uma capacitação à população em situação de rua. Nos albergues encontram-se pessoas com deficiência física, deficiência mental, idosos e jovens. Resolveria se fossem criadas comunidades terapêuticas para portadores de problemas mentais, outro tipo de comunidade para pessoas com deficiência física e outra, ainda, para idosos. As pessoas teriam livre acesso para entrar e sair, acompanhamento de assistente social e de enfermeiros. Tudo isso sem muito custo para o Município e para o Estado. Os moradores de rua têm direito à Loas-Lei Orgânica da Assistência Social (que garante atendimento às necessidades básicas de pessoas em situação de miséria), ao PBC-Plano de Benefício Continuo (benefício para pessoas com necessidades físicas e mentais). Outros moradores de rua têm aposentadoria e muitos, ainda, têm pensão. De uma maneira ou de outra isso garante uma renda.
Por que não criar uma comunidade terapêutica onde eles possam ter uma alimentação melhor e com cada um contribuindo para isso? Quando você tem sua casa, você tem que pagar aluguel, luz. Muitos concordariam, mas o governo não pensa dessa maneira. Prefere pagar para uma entidade tomar conta, do que criar uma comunidade terapêutica.
Para os jovens de 18 até seus 30 anos haveria uma comunidade que daria capacitação profissional e encaminhamento para o mercado de trabalho por meio de programas que o próprio governo tem. Aqueles entre 35 e 50 anos, poderiam participar de cooperativas, mas não só de reciclagem. Poderiam fazer sabonetes, enfeites, pintar um guardanapo, qualquer meio de ganho. E criar feiras onde poderiam vender seus trabalhos e ter a sua arrecadação até arrumar algo fixo.
O que precisa é política pública eficaz, o governo precisa fazer a parte dele, temos uma lei bem feita, mas que nunca foi cumprida. No momento em que se cumprir a lei, em que se resgatar a dignidade dessa população, aí sim será resolvida a questão.
Cidadania
O movimento realizou no dia 21/4 o evento Cultura e Cidadania (evento que aconteceu na Praça da Sé com atividades direcionadas aos moradores de rua). Nós tivemos 432 cortes de cabelo, 213 documentos retirados pelo Poupatempo, 162 encaminhamentos médico, 76 encaminhamentos jurídico, 202 serviços de manicure, 70 tiragens de fotos, 12 registros de nascimento encaminhados, 213 encaminhamentos para cursos profissionalizantes e 23 encaminhamentos para trabalho. Tudo isso foi possível com a ajuda dos parceiros. A Prefeitura tem mais condições do que nós, do movimento, de fazer essas coisas, porque nós temos que pegar vários parceiros e às vezes quando você coloca um projeto, eles olham que é ex-morador de rua e ficam com medo de investir.
A maneira mais fácil, prática e eficaz para resolver a questão da população de rua de São Paulo é cumprir a lei. Criar porta de saída por meio de trabalho, primeiramente da saúde. Ver aqueles que estão aptos para trabalhar e colocar no mercado de trabalho; são poucos, mas tem. Criar essas alternativas, como comunidades terapêuticas para desafogar esses depósitos de seres humanos que são os albergues, criar um trabalho específico para os jovens que estão nos albergues, e para aqueles que não são jovens nem velhos, criar cooperativas e outros meios de ganho para recuperar a auto-estima deles.
O morador de rua não quer só um prato de comida e uma cama, quer reaver a auto-estima que perdeu quando perdeu sua família, sua casa, quando foi para a rua e foi para o albergue e o Município e o Estado não lhe deram amparo necessário.
Atuação Cultural
O movimento trabalha com afinco na área da cultura. Todo ano tem Concurso de Poesia, Caça Talento, História da Minha Vida. Estamos planejando para o mês de junho um evento dois em um, o Concurso de Poesia com Caça Talento. O tema vai ser “O que é a rua é para mim”. Depois faremos a História da Minha Vida, convidando o morador de rua a escrever o que o levou a morar na rua, em albergue, o que ele sugere como saída da rua e do albergue. Isso a gente faz todos os ano. Por meio desses concursos um participante do “Caça Talento” criou até uma música para um apresentador de televisão da Record. Vários moradores de rua se empregaram através da cultura.
Por meio da cultura conseguimos inserir a pessoa no mercado de trabalho e na família, pois se nós olharmos o começo da humanidade, tudo vem da cultural. Foi a partir desse pensamento que fundamos o movimento.
Como é o atendimento de quem está ou fica doente e mora na rua ?
Caio Mattos
Moradores de rua no Vale do Anhangabaú
Acompanhe as respostas do secretário Municipal da Saúde, Januário Montone, às questões formuladas pela Viva o Centro para a série de reportagens “Enfrentando a tragédia que é morar na rua”
Associação Viva o Centro: Qual a proposta da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) para atendimento a uma pessoa que tem problemas de saúde mental e precisa do acompanhamento que o atendimento requer?
Secretário Municipal da Saúde Januário Montone: O modelo de atenção à Saúde Mental, no município de São Paulo, consiste em uma rede de serviços de base territorial substitutivos ao hospital psiquiátrico (Caps, Residência Terapêutica e Leitos de Saúde Mental em Hospital Geral). Esse tipo de assistência garante ao paciente tratamento especializado, reinserção social e moradia para os portadores de transtornos mentais graves. Ressaltamos que a Política de Saúde Mental do Município visa à garantia dos princípios de equidade, universalidade e acessibilidade preconizada pelo SUS.
Pesquisas dão conta de que entre as pessoas em situação de rua o percentual de portadores de doenças mentais é alto. Como dar atendimento adequado (tratamento e acompanhamento do tratamento) a essas pessoas? Quem ministra os medicamentos, quem acompanha o tratamento prescrito?
Nas regiões com um grande número de pessoas em situação de rua, como na região central, há 20 equipes de ESF (Estratégia Saúde da Família) voltadas especialmente para assistir esse público. Além disso, as equipes de ESF foram ampliadas e passaram a contar os NASFs (Núcleos de Apoio à Saúde da Família) com psicólogos, psiquiatras, terapeutas ocupacionais, homeopatas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, educadores físicos, ginecologistas, pediatras, acupunturistas, farmacêuticos, assistentes sociais, nutricionistas e professores de educação física. É importante ressaltar que a assistência médica é oferecida em todo o município, envolvendo os equipamentos de saúde em geral. Recentemente, foram inaugurados dois serviços na região central: um Caps III Álcool e Drogas, que atende dependentes químicos, e um Caps infantil dedicado à criança e adolescente com transtornos mentais mais graves.
Quando um morador de rua precisa de um atendimento de emergência ou de uma cirurgia, procura um pronto-sSocorro ou um hospital. E quando tem alta, onde passa a convalescença?
Os casos de emergência geralmente são atendidos nos pronto-socorros, e quando necessário o paciente é encaminhado para um hospital. As Amas também podem e devem ser procuradas para o pronto atendimento. A Secretária Municipal da Saúde não possui equipamentos de convalescença, mas o ESF dá cobertura às unidades da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads).
Quantas casas de cuidado para o egresso de hospitais existem hoje na cidade, e com quantas vagas? A estrutura é suficiente para atender a demanda de pessoas em situação de rua que estão convalescendo?
O acolhimento das pessoas em situação de rua, após a internação hospitalar, é realizado pela Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads) por meio de albergues, com o apoio da SMS.
E quando o morador de rua é portador de um problema crônico (tuberculose, aids, hanseníase etc). Na crise, o hospital atende, passou fica na rua?
Cada região possui uma rede de saúde (com diversas unidades de atenção básica) onde a pessoa em situação de rua pode ser atendida. Como na maioria dos casos o paciente cria um vínculo com a unidade em que é atendido, eles retornam para dar continuidade ao tratamento. Além disso, os agentes comunitários de saúde fazem o acompanhamento do tratamento de doenças crônicas nos próprios albergues, ou, quando for o caso, na rua. Para os casos de tuberculose, especialmente, é realizada a medicação supervisionada (o paciente toma o medicamento na frente do médico ou enfermeiro que o acompanha).
No caso de alcoólicos e dependentes químicos de maneira geral, sabe-se que eles precisam querer se tratar, que forçar não funciona. Mas para querer alguma coisa as pessoas precisam ser estimuladas, ter apoio moral permanente. Que setores da Saúde prestam esse serviço aos moradores de rua?
Os Caps AD (Centro de Apoio Psicossocial Álcool e Drogas) são unidades especializados para este tipo de tratamento e funcionam com portas abertas, ou seja, o morador pode procurar ajuda a qualquer momento.
Associação Viva o Centro: Há articulação da Saúde com AAs, NAs e outros grupos de apoio no caso da drogadição? Se há, por que a sociedade não percebe a efetividade dessas parcerias?
A política de saúde para assistência aos dependentes de álcool e drogas, do município, prevê um trabalho integrado entre a comunidade com organizações governamentais e não governamentais, visando à promoção de saúde do usuário. Desta forma, o paciente pode freqüentar todos os serviços sociais de sua região, como os AAs e Nas, ou as comunidades esportivas, religiosas, associações de bairro que também fazem parte da reinserção e resgate da cidadania do indivíduo.
Quanto à necessidade de desintoxicação em caso de drogadição ou alcoolismo, a Saúde tem alguma estrutura para moradores de rua? Quantas unidades são, onde ficam e como funcionam? Qual a forma de encaminhar uma pessoa que precise desse atendimento?
A desintoxicação de dependentes químicos ou de álcool é feita na rede de hospitais do município, todas as pessoas, independente do seu endereço, devem receber assistência. O atendimento inicial é por meio do Pronto-Socorro.
De que forma a Secretaria Municipal da Saúde está se preparando para enfrentar o problema do aumento da população de rua na cidade?
A Secretária Municipal de Saúde (SMS) acompanha de perto essa questão. Todas as unidades de saúde localizadas em regiões com maior concentração de população de rua, são estruturadas para atender esta demanda de forma adequada.
A pasta conta com recursos humanos, materiais e orçamentários suficientes para a tarefa que tem em uma cidade como São Paulo? Do que precisaria efetivamente?
Para a SMS, o morador em situação de rua é um munícipe como todos os outros, e tem seus direitos garantidos . Considerando o princípio da equidade, a SMS desenvolve programas e estratégias diferenciadas para a atenção integral desta população. Lembramos que atualmente a SMS tem 24 equipes de ESF , especiais para moradores em situação de rua , que são constituídas por um médico, um enfermeiro, dois auxiliares de enfermagem e de cinco a seis Agentes Comunitários (AC), que fazem abordagem com o objetivo de criar um vínculo de confiança entre ambas as partes. Esta estratégia permite as equipes de saúde a atenderem as dinâmicas e necessidades de cada pessoa. O trabalho é aberto para parcerias com outras secretarias, ONGs e equipamentos de saúde existentes nas proximidades, bem como os serviços de SMS com Caps, Caps Álcool e Drogas, Centro de Convivência e Cooperativa (Cecco ) , Casas de acolhida, Albergues entre outros.
O que impede de fato o enfoque intersecretarial (Smads, Saúde, Trabalho, Segurança Urbana, Habitação, Educação, Participação e Parceria) para a solução do problema?
O enfoque intersecretarial já acontece. O grande desafio é estabelecer o vínculo buscando autonomia e cidadania, ou seja, a inclusão social.
terça-feira, 30 de junho de 2009
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Moradores de Rua fazem jornal em Salvador
Moradores de rua escrevem e vendem seu próprio jornal em Salvador. Bimensal e com tiragem de 7.000 exemplares, o Aurora da Rua completa um ano de existência ajudando a gerar renda, tirar pessoas da rua e mudar a imagem de quem ainda está lá.
Terceira publicação feita por moradores de rua do país (primeira do norte-nordeste), o Aurora da Rua foi criado com a dupla função de projetar uma imagem mais humanizada das pessoas em situação de rua e ao mesmo tempo servir como fonte de renda.
- Precisamos mostrar que as pessoas que estão na rua por algum motivo têm um nome, têm uma identidade, têm uma história – diz Edcarlos Venâncio, voluntário da publicação.
Essa é a função do que a equipe do jornal chama de “profecia”: anunciar a boa notícia, mostrar o que há de belo naquelas pessoas.
Para garantir que o jornal seja, de fato, escrito por moradores, foi desenvolvida uma técnica específica. Em cada edição, é definido um tema do universo dos moradores de rua. A equipe de jornalistas voluntários vai às ruas e praças, estimulando os moradores a dar a sua opinião.
Quem não sabe escrever, colabora falando mesmo, para que os voluntários anotem e transcrevam “sendo extremamente fiéis ao que foi dito”, garante Edcarlos.
Ciclo gerador de renda
O ciclo de compra e venda do jornal é todo pensado de forma a garantir renda aos vendedores: do exemplar vendido a R$1,00, o morador de rua fica com 75 centavos.
Cada vendedor administra a quantidade de jornais que vai comercializar. Eles decidem quantos exemplares vão levar e pagam R$0,25 pela unidade. Ficam com todo o dinheiro da venda.
Os dez primeiros exemplares de cada vendedor são sempre fornecidos gratuitamente pelo próprio jornal. Além dos jornais, os vendedores também recebem bolsa, boné, crachá e colete para identificação.
Seu João Barbosa é um dos poucos vendedores com ponto fixo, em frente à Praça da Piedade, no centro de Salvador. Em fevereiro, vendeu 124 exemplares e lucrou R$93,00.
Os vendedores recebem orientações importantes para quem geralmente só se preocupa com as próximas 24 horas. Passam a saber, por exemplo, que quem vende 550 jornais no mês – ou 23 exemplares por dia de segunda a sábado – tira um salário mínimo. “É difícil, mas acontece”, diz Edcarlos Venâncio.
Esse sistema é interessante porque ensina, de forma prática, o morador de rua a ter uma gestão responsável do dinheiro que arrecada.
Todo o esforço do Aurora é que a venda dos jornais seja uma atividade digna e pedagógica, para quem vende e para quem compra.
Tanto que os próprios vendedores criaram um código de conduta e decidiram que, caso alguém pague a mais pelos jornais - “para ajudar” - a pessoa sempre vai receber o número de exemplares equivalente ao valor pago. O resultado volta como elogios ao profissionalismo e à cordialidade da equipe.
Trinta e cinco vendedores já passaram pelo jornal. Sete deles conseguiram alugar quartos e saíram da rua. Outros foram ajudados a tratar vícios. Alguns conseguiram até emprego fixo.
- Para nós não adianta que um vendedor vende 1000 jornais num mês se ele não consegue aprender a lidar bem com o dinheiro que ganha. A única orientação nossa é a formação humana – diz o voluntário Edcarlos.
Sustentabilidade
A equipe me explica que tamanha margem para os vendedores só é possível porque todas as atividades administrativas do jornal são desenvolvidas em sistema voluntário, por 18 pessoas que acompanham o periódico desde sua fundação.
A sede é cedida pela Comunidade da Trindade. A impressão e outras despesas do jornal são custeadas pela venda dos exemplares e pelas três faixas de assinaturas (duas delas contemplam a possibilidade de doações).
Na sede, há um mapa do Brasil com alfinetes nos estados em que chegam as assinaturas. “Só não estamos em três estados”, diz Edcarlos, orgulhoso. As assinaturas só não podem ser feitas em Salvador, para não prejudicar os vendedores e também para incentivar o contato direto deles com outras pessoas.
O Aurora da Rua completou um ano no último dia 24 de março. E comemorou a rigor: colocou um palco na Praça da Piedade, em Salvador - local onde o jornal foi lançado - e os artistas da rua apresentarm-se e fizeram a festa!
Veja aqui como foi a festa do primeiro ano do Aurora da Rua.
O exemplo do morador de rua
Aos 21 anos, dono de duas bermudas, uma calça, um tênis e três camisetas, Alex Costa Santos se prepara para ser o dono do próprio destino. Hoje cedo vai para a Universidade Católica de Brasília se matricular no curso de psicologia. A aprovação no vestibular, sonho de boa parte dos jovens, representa muito mais para o garoto que há dois anos e três meses mora nas ruas de Brasília. É a conquista da cidadania. Vindo do Mato Grosso, ele teve como primeiro endereço na capital a comercial da 306 Norte. Se alimentava do que sobrava do verdurão da rua e tomava banho escondido em um supermercado próximo. De lá, após três meses, foi para a Torre de TV. E, com um ano de Brasília, mudou-se para a plataforma inferior da Rodoviária. Vivia fazendo bicos, guardando carros ou, simplesmente, pedindo dinheiro.
O jovem teve fome e medo do futuro. Também fez uso de diversos tipos de drogas. Quando os outros meninos de rua se encontravam, eram eles que ajudavam a amenizar momentaneamente o desconforto da vida. Entre um cachimbo de crack e uma lata de tinner, aproveitava para ler. “Os caras reclamavam comigo porque eu gostava de ter minha viagem na companhia dos livros. Não ficava lá trocando idéia com eles”, lembra.
A fonte de cultura vinha das prateleiras instaladas nas paradas de ônibus da Asa Norte. Passava horas lendo tudo o que aparecia, desde poesia até textos de livros didáticos. Também lia jornais e revistas abandonados por quem passa diariamente pela Rodoviária. Foi essa mania que preparou o rapaz a superar a primeira barreira. Como não tinha concluído o ensino médio, ele procurou, no início do segundo semestre, a educação de jovens e adultos (EJA) em Taguatinga. Fez uma prova para checar se estava apto a receber o diploma.
“Lá em Barra do Garça fiz todos os estudos, mas não tinha passado nas matérias de exatas. Sempre achei química e física muito difíceis”, comenta. Logo no primeiro exame, foi aprovado. Superado o problema, pôde se inscrever para fazer o vestibular. E, na última sexta-feira, viu o nome exposto na lista de aprovados divulgada pela internet.
Superação
Mas não se engane imaginando que ser aprovado na prova da Católica foi o maior desafio enfrentado por Alex. Ter sobrevivido nos últimos 27 meses foi muito mais difícil. A história do rapaz em Brasília começa com uma grande decepção. Ele veio para cá em junho de 2006 para realizar um sonho: servir na Aeronáutica. O problema é que foi dispensado logo após chegar. “Liguei para minha mãe contando que tinha passado, quando me avisaram que não ia rolar e me ofereceram o transporte para voltar para casa”, conta. “Não quis porque fiquei com vergonha. Como eu ia voltar para casa pior do que saí?”, pergunta.
Sem ter onde ficar, caminhou durante horas e foi do 6º Comando da Aeronáutica (Comar) até a 306 Norte a pé. Lá chegando, conheceu dois meninos de rua que tinham fugido da violência de casa. Passaram a cuidar uns dos outros. Durante mais de um ano, quem conseguia comida, dividia. Quem recebia dinheiro também. Foi nesse período que conheceu as drogas, principalmente o crack. “Usei, mas percebi que estava secando e que ia morrer”, lembra.
A vida seguiu desse jeito até ser levado por outro garoto de rua para o GirAção — um projeto social que atende 60 adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade. Agora, o grupo que trabalha no projeto batalha para conseguir uma bolsa para Alex e um emprego para que o jovem consiga caminhar com as próprias pernas.
As educadoras e assistentes sociais do GirAção encontraram em Alex algo que ninguém via nele desde que saiu de casa. “Ele é um rapaz muito inteligente e ativo demais. Só precisa canalizar a energia para o bem pessoal. Até agora, ele estava fazendo mal para si mesmo”, afirma Karina Figueiredo, do Centro de Referência, Estudos e Ações Sobre Crianças e Adolescentes (Cecria). Ela destaca que, mesmo com todos os problemas, ele nunca foi parar na polícia. “O pessoal do GirAção é como anjos sem asa morando aqui na terra”, resume.
A alegria de Alex por ter passado no vestibular só não é maior do que a ansiedade de contar para a família a novidade. “Vou ver minha mãe e contar para ela e para o meu pai que eles podem ter orgulho do filho”, conta. “Minha mãe estudou até a 3ª série e o meu pai cursou o supletivo quando eu já tinha 15 anos e terminou os estudos antes de mim.”
Hoje à noite, após garantir a vaga, ele segue para Barra do Garça, sua cidade natal, para buscar os documentos. De acordo com Karina Figueiredo, do Centro de Referência, Estudos e Ações Sobre Crianças e Adolescentes (Cecria), Alex foi vítima de um golpe nas ruas e está com a certidão de nascimento retida. “O problema está sendo resolvido, mas a matrícula não pode esperar”, explica.
O GirAção, projeto do Centro de Referência, Estudos e Ações Sobre Crianças e Adolescentes (Cecria) e do Movimento de Meninos e Meninas de Rua, à primeira vista não tem nada demais. Funcionando na antiga casa de passagens para idosos e para população adulta de rua, na frente do Camping de Brasília, o centro é mobiliado com mesas, sofás e camas velhos e exibe desenhos feitos crianças e adolescentes. Mas não se engane com a descrição do lugar. A importância daquele espaço não pode ser vista por olhos pouco sensíveis. E Alex fez dessa referência a sua moradia.
E assim também é os que tem passado pelo Centro de Recuperação Porta Formosa, atraves do "Projeto Porta Formosa" com o slogam "Adote um morador de rua". Entre em contato conosco e veja como funciona a nossa instituição aqui no Rio de Janeiro.
Drogas como fugir dela ?
Depende. Do ponto de vista médico, “drogas são substâncias usadas para produzir alterações nas sensações, no grau de consciência e no estado emocional”, de acordo com a cartilha da Secretaria Nacional Antidrogas. Essa definição inclui maconha, cocaína, crack e heroína, álcool e cigarro, e também café, chocolate e medicamentos. Do ponto de vista jurídico existem drogas ilegais, legais e de uso controlado. As drogas legais podem ser comercializadas livremente, como o álcool e o cigarro. Qualquer um pode comprar drogas lícitas, sem controle. As drogas de uso controlado são certos tipos de medicamentos, que só podem ser adquiridos nas farmácias, com receita médica. As drogas ilegais, como a maconha, a cocaína, crack e heroina, para serem adquiridas dependem do contato com o traficante e uma rede de outros atravessadores, onde todos são alvo da repressão policial.
Se uma pessoa é flagrada fumando maconha é presa como usuária, porque a droga é ilegal. Será esse o caminho mais correto? Aí está a diferença entre o usuário, que é um doente, e o traficante, que comercializa um produto ilegal, visando obter altos lucros, e portanto é um contraventor. Em relação às conseqüências, não há diferença entre as diversas drogas. Todas causam dependência. A nicotina contida no cigarro, por exemplo, é a droga com grande poder de criar dependência... mas como é uma droga legal, qualquer criança pode comprar livremente.
Dados da Organização Mundial de Saúde, informam que 1,5 bilhão de pessoas no mundo sofrem de alcoolismo, e 55 milhões são dependentes de drogas ilegais. Isto é, a maior incidência é de drogas legais!
O usuário de drogas envolve-se em situações de risco porque para conseguir a droga tem que entrar em contato com o traficante, contrai dívidas, faz a escalada para drogas mais pesadas, perde o controle sobre o uso e pode cometer infrações e crimes. Mais cedo ou mais tarde é apanhado pela polícia e complica toda a sua vida pessoal. Muitas vezes também torna-se traficante para poder financiar o seu vício.
Entre as chamadas “drogas legais”, os interesses econômicos interferem nas decisões políticas e acabam ditando as regras do jogo. Como exemplo podemos citar a proibição da propaganda das bebidas alcoólicas, que por pressões das cervejarias, conseguiu alterar a portaria governamental aumentando o teor alcoólico para a proibição, e assim permitindo a propaganda da cerveja. Alias, belas propagandas, embora de muito mau gosto, que com o objetivo de vender também ilusões, exploram e utilizam o corpo da mulher como "objeto de consumo". É bom lembrar que cerveja é bebida alcoólica, não existe "cerveja sem álcool"... "cerveja caseira"... Todas possuem teor alcoólico, embora em menor grau. Cerveja não é refrigerante, não pode ser tomada como água. Cerveja não é diurético. A água da cerveja vai ser expelida pela urina, o álcool, em segundos chega no sangue e no cérebro.
Uma das maneiras de convencer uma pessoa a fugir das drogas, isto é, prevenir o seu uso é a educação, informando sobre os efeitos e riscos das diversas substâncias. Buscar depoimentos de pessoas que já foram dependentes, também pode ser útil. Não tenha receio de buscar ajuda profissional, como uma orientação ou psicoterapia.
Informe-se! Assim você pode ter respostas prontas quando surgirem os apelos para "entrar na onda" e experimentar!...
sábado, 6 de junho de 2009
esta é a melhor fase do cigarro
Componentes do Cigarro
Você fuma ? então é bom dar uma olhadinha, esse post mostra muito claro que fumar não é bom mesmo, se vc fuma é bom começar a parar.
Componentes do cigarro
Acetaldeído - Produto metabólico primário do etanol na sua rota de conversão a ácido acético. É um dos agentes responsáveis pela ressaca.
Acetona - Solvente inflamável.
Ácido cianídrico - Cianeto hidrogenado extremamente venenoso devido à habilidade do íon em se combinar com o ferro da hemoglobina, bloqueando a recepção do oxigênio pelo sangue. Mata por sufocamento.
Acroleína - Composto que possui odor e sabor amargo obtido pela desidratação da glicerina por bactérias.
Alcatrão - Resíduo tóxico cancerígeno que colabora com o vício do mesmo e obstrui as vias respiratórias.
Amoníaco - Composto químico usado em produtos de limpeza.
Arsênico - Composto extremamente tóxico, veneno puro.
Benzopireno - Substância cancerígena que facilita a combustão existente no papel que envolve o fumo.
Butano - Gás incolor, inodoro e altamente inflamável.
DDT - Agrotóxico.
Dietilnitrosamina - Composto que causa lesão hepática grave.
Fenol - Ácido carbólico corrosivo e irritante das membranas mucosas. Potencialmente fatal se ingerido, inalado ou absorvido pela pele. Causa queimaduras severas e afeta o sistema nervoso central, fígado e rins.
Formol - Formaldeído, componente de fluído conservante, que causa irritação dos olhos, nariz, garganta e pele, mutagênico e carcinogênico suspeito.
Mercúrio - Causa dor de estômago, diarréia, tremores, depressão, ansiedade, gosto de metal na boca, dentes moles com inflamação e sangramento na gengiva, insônia, falhas de memória e fraqueza muscular, nervosismo, mudanças de humor, agressividade, dificuldade de prestar atenção e até demência.
Metais pesados - Chumbo e cádmio. Causam a perda de capacidade ventilatória dos pulmões, além de dispnéia, fibrose pulmonar, hipertensão, câncer nos pulmões, próstata, rins e estômago
Metanol - Álcool metílico usado como combustível de foguetes e automóveis.
Monóxido de carbono - Gás inflamável, inodoro e muito perigoso devido à sua grande toxicidade por formar com a hemoglobina do sangue um composto mais estável do que ela e o oxigênio, podendo levar à morte por asfixia.
Naftalina - Substância cristalina branca, volátil, com odor característico antitraça.
Nicotina - Alcalóide usado como herbicida e inseticida com cheiro desagradável e venenoso, que constitui o princípio ativo do tabaco. Provoca cancro nos pulmões devido à metilização.
Níquel - Armazenam-se no fígado e rins, coração, pulmões, ossos e dentes - resultando em gangrena dos pés, causando danos ao miocárdio etc..
Pireno - Hidrocarboneto aromático cancerígeno.
Polônio - Elemento altamente radioativo e tóxico e o seu manuseio requer a utilização de equipamento especial usado com procedimentos restritivos.
O ALCOOL.
Definição: O álcool presente nas bebidas alcoólicas é o etanol, produzido pela fermentação ou destilação de vegetais - como a cana-de-açúcar e também de frutas e grãos. No Brasil, há uma grande diversidade de bebidas alcoólicas, cada tipo com quantidade diferente de álcool em sua composição.
Histórico: Registros arqueológicos revelam que os primeiros indícios sobre o consumo de álcool pelo ser humano datam de aproximadamente 6000 anos a.C., sendo, portanto, um costume extremamente antigo e que tem persistido por milhares de anos.
Mecanismo de Ação: Apesar do desconhecimento por parte da maioria das pessoas, o álcool também é considerado uma droga psicotrópica, pois atua no sistema nervoso central, provocando mudança no comportamento de quem o consome, além de ter potencial para desenvolver dependência.
Conseqüências Negativas
Os indivíduos dependentes do álcool podem desenvolver várias doenças. As mais freqüentes são as relacionadas ao fígado (esteatose hepática, hepatite alcoólica e cirrose). Também são freqüentes problemas do aparelho digestivo (gastrite, síndrome de má absorção e pancreatite) e do sistema cardiovascular (hipertensão e problemas cardíacos). Há, ainda, casos de polineurite alcoólica, caracterizada por dor, formigamento e cãibras nos membros inferiores.
►Durante a Gravidez
O consumo de bebidas alcoólicas durante a gestação pode trazer conseqüências para o recém-nascido, e, quanto maior o consumo, maior o risco de prejudicar o feto. Dessa forma, é recomendável que toda gestante evite o consumo de bebidas alcoólicas, não só ao longo da gestação, como também durante todo o período de amamentação, pois o álcool pode passar para o bebê através do leite materno.
Cerca de um terço dos bebês de mães dependentes do álcool, que fizeram uso excessivo dessa droga durante a gravidez, é afetado pela “síndrome fetal pelo álcool”. Os recém-nascidos apresentam sinais de irritação, mamam e dormem pouco, além de apresentarem tremores (sintomas que lembram a síndrome de abstinência). As crianças gravemente afetadas, e que conseguem sobreviver aos primeiros momentos de vida, podem apresentar problemas físicos e mentais que variam de intensidade de acordo com a gravidade do caso.
Esse uso de bebida alcoólica ocorre há pelo menos oito mil anos. Sempre se teve conhecimento dos seus possíveis malefícios e, periodicamente, o álcool sofria restrições ao seu uso, desde o início do Cristianismo. Contudo, foi somente em 1966 que a Associação Médica Americana (AMA) passou a considerar o alcoolismo como doença e em 1988 que incluiu as dependências de outras drogas como condições médicas passíveis de tratamento.
Dê bebida alcoolica para seu filho
Desde que a bebida alcoólica foi descoberta, o beber passou a ser um ato facilmente assimilável pelos jovens adolescentes e futuros adultos.
Em torno do ato de beber criou-se uma aura de magia, como se ele fosse a resposta para os problemas existenciais.
Na mitologia, Baco, considerado o deus do vinho, dizia que quem bebesse aquele líquido sagrado ficaria possuído por poderes divinos.
Surgiram festas de orgia chamadas bacanais, regadas a muito álcool e com elas, a violência. Hoje, a ação do álcool influencia milhares de pessoas.
Algumas dizem beber para se divertirem, relaxarem, outras para adquirirem coragem. Todas se matando lentamente.
O álcool provoca, em alguns, relaxamento, agressividade, descontrole emocional, em outros, alegria desmedida e desinibição.
O seu uso contínuo provoca a dependência física e é reconhecido pela organização mundial de saúde como uma doença.
No Brasil as estatísticas apontam aproximadamente quinze milhões de dependentes do álcool. Uns dependentes leves, pessoas que bebem quase todos os dias até três doses.
Outros, dependentes moderados, os que bebem diariamente até três doses e nos finais de semana bebem de forma exagerada. Finalmente, os dependentes graves, que bebem sempre. São os que apresentam uma série de transtornos se a bebida lhes faltar, desde tremores até ansiedade.
Em nosso país, o alcoolismo é um dos maiores problemas de saúde pública.
Preocupados com os números crescentes de alcoólatras, os conselhos comunitários de segurança estabeleceram algumas regras que definem como os pais criam um alcoólatra infantil:
- Comece na infância a molhar a chupeta no copo de cerveja e dar ao seu filho. Ache graça nas caretas que ele fizer.
- Quando ele quiser mais bebida alcoólica, continue dando.
- Nunca lhe dê orientação. Não pode, pois faz mal.
- Quando ele estiver bebendo, apoie, ache graça.
- Beba sempre com ele.
- Dê-lhe dinheiro para beber com os amigos.
- Satisfaça todos os seus desejos, principalmente o que diz respeito a bebidas caras.
- Quando ele estiver caindo de bêbado, dê apoio total...
- Quando se meter em alguma encrenca, dê esta desculpa: nunca consegui dominá-lo.
Depois de seguir todas essas regras, prepare-se para uma vida de desgosto. É o merecimento justo por ter conseguido formar mais um alcoólatra para o mundo.
.....................
Cuidemos da nossa saúde e da dos nossos filhos. Aprendamos e ensinemos a não desperdiçar as bênçãos do corpo.
O corpo físico é um bendito talento que deve ser bem utilizado a fim de que possamos subir os degraus da evolução que perseguimos.
Respeitemos esse talento bendito que o Criador nos ofertou na terra.
Vivamos o nosso dia-a-dia com a visão de que somos os grandes responsáveis pelo estado geral de doença ou de saúde do nosso corpo físico.
Desde que a bebida alcoólica foi descoberta, o beber passou a ser um ato facilmente assimilável pelos jovens adolescentes e futuros adultos.
Em torno do ato de beber criou-se uma aura de magia, como se ele fosse a resposta para os problemas existenciais.
Na mitologia, Baco, considerado o deus do vinho, dizia que quem bebesse aquele líquido sagrado ficaria possuído por poderes divinos.
Surgiram festas de orgia chamadas bacanais, regadas a muito álcool e com elas, a violência. Hoje, a ação do álcool influencia milhares de pessoas.
Algumas dizem beber para se divertirem, relaxarem, outras para adquirirem coragem. Todas se matando lentamente.
O álcool provoca, em alguns, relaxamento, agressividade, descontrole emocional, em outros, alegria desmedida e desinibição.
O seu uso contínuo provoca a dependência física e é reconhecido pela organização mundial de saúde como uma doença.
No Brasil as estatísticas apontam aproximadamente quinze milhões de dependentes do álcool. Uns dependentes leves, pessoas que bebem quase todos os dias até três doses.
Outros, dependentes moderados, os que bebem diariamente até três doses e nos finais de semana bebem de forma exagerada. Finalmente, os dependentes graves, que bebem sempre. São os que apresentam uma série de transtornos se a bebida lhes faltar, desde tremores até ansiedade.
Em nosso país, o alcoolismo é um dos maiores problemas de saúde pública.
Preocupados com os números crescentes de alcoólatras, os conselhos comunitários de segurança estabeleceram algumas regras que definem como os pais criam um alcoólatra infantil:
- Comece na infância a molhar a chupeta no copo de cerveja e dar ao seu filho. Ache graça nas caretas que ele fizer.
- Quando ele quiser mais bebida alcoólica, continue dando.
- Nunca lhe dê orientação. Não pode, pois faz mal.
- Quando ele estiver bebendo, apoie, ache graça.
- Beba sempre com ele.
- Dê-lhe dinheiro para beber com os amigos.
- Satisfaça todos os seus desejos, principalmente o que diz respeito a bebidas caras.
- Quando ele estiver caindo de bêbado, dê apoio total...
- Quando se meter em alguma encrenca, dê esta desculpa: nunca consegui dominá-lo.
Depois de seguir todas essas regras, prepare-se para uma vida de desgosto. É o merecimento justo por ter conseguido formar mais um alcoólatra para o mundo.
.....................
Cuidemos da nossa saúde e da dos nossos filhos. Aprendamos e ensinemos a não desperdiçar as bênçãos do corpo.
O corpo físico é um bendito talento que deve ser bem utilizado a fim de que possamos subir os degraus da evolução que perseguimos.
Respeitemos esse talento bendito que o Criador nos ofertou na terra.
Vivamos o nosso dia-a-dia com a visão de que somos os grandes responsáveis pelo estado geral de doença ou de saúde do nosso corpo físico.
quinta-feira, 4 de junho de 2009
DIGA NÃO AS DROGAS
Histórico
Ao contrário da maioria das drogas, o crack não tem sua origem ligada a fins medicinais: ele já nasceu como uma droga para alterar o estado mental do usuário. O crack surgiu da cocaína, feito por traficantes no submundo das favelas e guetos das grandes cidades sendo, portanto, difícil precisar quando e onde realmente ele apareceu pela primeira vez. O nome "crack" vem do barulho que ele faz quando está sendo queimado para ser consumido.
Curiosidade
Existe uma variação do crack que tem um poder alucinógeno ainda maior, trata-se de uma droga chamada Merla. A Merla apareceu pela primeira vez nas favelas do Grande ABC em São Paulo e é feita com sobras do refino da cocaína misturada com querosene e gasolina.
Princípio ativo
O crack é uma mistura de cocaína em forma de pasta não refinada com bicarbonato de sódio.Esta droga se apresenta na forma de pequenas pedras e pode ser até cinco vezes mais potente do que a cocaína. O efeito do crack dura, em média, dez minutos. Sua principal forma de consumo é a inalação da fumaça produzida pela queima da pedra.
É necessário o auxílio de algum objeto como um cachimbo para consumir a droga, muitos desses feitos artesanalmente com o auxílio de latas, pequenas garrafas plásticas e canudos ou canetas. Os pulmões conseguem absorver quase 100% do crack inalado.
Efeitos
Os primeiros efeitos do crack são uma euforia plena que desaparece repentinamente depois de um curto espaço de tempo, sendo seguida por uma grande e profunda depressão. Por causa da rapidez do efeito, o usuário consome novas doses para voltar a sentir uma nova euforia e sair do estado depressivo.
O crack também provoca hiperatividade, insônia, perda da sensação de cansaço, perda de apetite e conseqüente perda de peso e desnutrição. Com o tempo e uso constante da droga, aparecem um cansaço intenso, uma forte depressão e desinteresse sexual. Os usuários de crack apresentam um comportamento violento, são facilmente irritáveis.
Tremores, paranóia e desconfiança também são causados pela droga. Normalmente, os usuários têm os lábios, a língua e a garganta queimados por causa da forma de consumo da substância. Apresentam também problemas no sistema respiratório como congestão nasal, tosse, expectoração de muco preto e sérios danos nos pulmões. O uso mais contínuo da droga pode causar ataque cardíaco e derrame cerebral graças a um considerável aumento da pressão arterial. Contrações no peito seguidas de convulsões e coma também são causadas pelo consumo excessivo da droga.
sábado, 30 de maio de 2009
Drogas
Droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética que, introduzida no organismo modifica suas funções. As drogas naturais são obtidas através de determinadas plantas,de animais e de alguns minerais. Exemplo a cafeína (do café), a nicotina (presente no tabaco), o ópio (na papoula) e o THC tetrahidrocanabiol (da maconha). As drogas sintéticas são fabricadas em laboratório, exigindo para isso técnicas especiais. O termo droga, presta-se a várias interpretações, mas comumente suscita a idéia de uma substância proibida, de uso ilegal e nocivo ao indivíduo, modificando-lhe as funções, as sensações, o humor e o comportamento. As drogas estão classificadas em três categorias: as estimulantes, os depressores e os perturbadores das atividades mentais. O termo droga envolve os analgésicos, estimulantes, alucinógenos, tranquilizantes e barbitúricos, além do álcool e substâncias voláteis. As psicotrópicas, são as drogas que tem tropismo e afetam o Sistema Nervoso Central, modificando as atividades psíquicas e o comportamento. Essas drogas podem ser absorvidas de várias formas: por injeção, por inalação, via oral, injeção intravenosa ou aplicadas via retal (supositório).
Intoxicação Aguda
É uma condição transitória seguindo-se a administração de álcool ou outra substância psicoativa, resultando em perturbações no nível de consciência, cognição, percepção, afeto ou comportamento, ou outras funções ou respostas psicofisiológicas.
Uso Nocivo
É um padrão de uso de substância psicoativa que está causando dano à saúde. O dano pode ser físico (como no caso de hepatite decorrente da administração de drogas injetáveis) ou mental (ex. episódio depressivo secundário a um grande consumo de álcool).
Toxicomania
A toxicomania é um estado de intoxicação periódica ou crônica, nociva ao indivíduo e à sociedade, determinada pelo consumo repetido de uma droga, (natural ou sintética). Suas características são:
1 - irresistível desejo causado pela falta que obriga a continuar a usar droga.
2 - tendência a aumentar a dose.
3 - dependência de ordem psíquica (psicológica), às vezes física acerca dos efeitos das drogas.
Breve história das drogas
A longa trajetória das substâncias psicotrópicas com o passar dos milênios.
Clique e confira!
Síndrome de Dependência
É um conjunto de fenômenos fisiológicos, comportamentais e cognitivos, no qual o uso de uma substância ou uma classe de substâncias alcança uma prioridade muito maior para um determinado indivíduo, do que outros comportamentos que antes tinham mais valor.
Uma característica central da síndrome da dependência é o desejo (frequentemente forte e algumas vezes irresistível) de consumir drogas psicoativas as quais podem ou não terem sido prescritas por médicos.
Codependência
Codependência é uma doença emocional que foi "diagnosticada" nos Estados Unidos por volta das décadas de 70 e 80, em uma clínica para dependentes químicos, através do atendimento a seus familiares. Porém, com os avanços dos estudos das causas e dos sintomas, que são vários, chegou-se à conclusão de que esta doença atinge não apenas os familiares dos dependentes químicos, mas um grande número de pessoas, cujos comportamentos e reações perante a vida são um meio de sobrevivência.
Os codependentes são aqueles que vivem em função do(s) outro(os), fazendo destes a razão de sua felicidade e bem estar. São pessoas que têm baixa auto-estima e intenso sentimento de culpa. Vivem tentando "ajudar" outras pessoas, esquecendo, na maior parte do tempo, de viver a própria vida, entre outras atitudes de auto-anulação. O que vai caracterizar o doente é o grau de negligenciamento de sua própria vida em função do outro e de comportamentos insanos.
A codependência também pode ser fatal, causando morte por depressão, suicídio, assassinato, câncer e outros. Embora não haja nas certidões de óbito o termo codependência, muitas vezes ela é o agente desencadeante de doenças muito sérias. Mas pode-se reverter este quadro, adotando-se comportamentos mais saudáveis. Os profissionais apontam que o primeiro passo em direção à mudança é tomar consciência e aceitar o problema.
Abstinência Narcótica
Independente de sexo ou idade, na gravidez ou não, sempre que se suspendem de forma abrupta os narcóticos, poderá eclodir numa pessoa viciada nestas drogas, uma sequência de sintomas que vão caracterizar a síndrome de abstinência narcótica.
As primeiras 4 horas de abstinência
- Ansiedade, comportamento de procura da droga
As primeiras 8 horas de abstinência
- Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos frequentes, sudorese excessiva, adinamia, fraqueza geral
As primeiras 12 horas de abstinência
- Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos frequentes, sudorese excessiva, adinamia, fraqueza geral, dilatação das pupilas, tremores musculares, ondas de frio, ondas de calor, ereção dos pelos cutâneos, dores ósseas, dores musculares
As primeiras 18-24 horas de abstinência
- Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos frequentes, sudorese excessiva, adinamia, fraqueza geral, dilatação das pupilas, tremores musculares, ondas de frio, ondas de calor, ereção dos pelos cutâneos, dores ósseas, dores musculares, insônia, náusea, vômitos, muita inquietação, aumento da frequência respiratória, pulso rápido, aumento da profundidade da respiração, aumento da pressão arterial, hipertermia (febre), dor abdominal
As primeiras 24-36 horas de abstinência
- Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos frequentes, sudorese excessiva, adinamia, fraqueza geral, dilatação das pupilas, tremores musculares, ondas de frio, ondas de calor, ereção dos pelos cutâneos, dores ósseas, dores musculares, insônia, náusea, vômitos, muita inquietação, aumento da frequência respiratória, pulso rápido, aumento da profundidade da respiração, aumento da pressão arterial, hipertermia (febre), dor abdominal, diarréia, ejaculação espontânea, perda de peso, orgasmo espontâneo, sinais de desidratação clínica, aumento dos leucócitos sanguíneos, aumento da glicose sanguínea, acidose sanguínea, distúrbio do metabolismo ácido-base
Síndrome de abstinência no recém-nascido
Costuma ocorrer após 48 horas do parto de uma gestante viciada em narcóticos com as características:
- Febre, tremor, irritabilidade, vômitos, hipertonicidade muscular, insuficiência respiratória, convulsão, choro agudíssimo, muitas vezes pode ocorrer a morte do recém-nascido
(Fonte: Salvar o Filho Drogado, Dr. Flávio Rotman, 2ª edição, Editora Record)
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Alerta !
A mensagem contém anexosThe Rolling Stones - SYMPATHY FOR THE DEVIL.mp3 (5994 KB)A Rede Globo de Televisão tem colocado como tema principal em sua novela das 8h a música "Simpatia Com o Diabo" (Sympathy for the Devil) . Colocamos disponível aqui a tradução desta música para que sirva como um alerta para toda a comunidade. Desejamos que você tire suas próprias conclusões sobre este assunto, pois é por uma mensagem como esta, escondida atrás de uma melodia bonita, que nós e nossos filhos e amigos poderemos ser atraídos, até porque a grande maioria não entende a letra em inglês.
Cuidado. O mundo espiritual é mais REAL do que podemos imaginar...
Sympathy for the devil (Simpatia com o diabo)
Please allow me to introduce myself
I"m a man of wealth and taste
I"ve been around for a long, long year
Stole many a man"s soul and faith
Por gentileza me permita me apresentar
Sou um homem de fortuna e requinte
Estou por aí já faz alguns anos
Roubei as almas e a fé de muitos homens
And I was "round when Jesus Christ
Had his moment of doubt and pain
Made damn sure that Pilate
Washed his hands and sealed his fate
E eu estava por perto quando Jesus Cristo
Teve seu momento de duvida e dor
Fiz muita questão que Pilatos
Lavasse suas mãos e selasse seu destino
Pleased to meet you
Hope you guess my name
But what"s puzzling you
Is the nature of my game
Um prazer em lhe conhecer
Espero que adivinhem o meu nome
Mas o que lhes intriga
É a natureza do meu jogo
I stuck around St. Petersberg
When I saw it was a time for a change
Killed the Czar and his ministers
Anastasia screamed in vain
Eu aguardei em São Petersburgo
Quando percebi que era hora para mudanças
Matei o Czar e seus ministros
Anastácia gritou em vão
I rode a tank
Held a general"s rank
When the Blitzkrieg raged
And the bodies stank
Pilotei um tanque
Usei a patente de general
Quando as blitzkrieg urgiam
E os corpos fediam
Pleased to meet you
Hope you guess my name, oh yeah
What"s puzzling you
Is the nature of my game, oh yeah
Um prazer em lhe conhecer
Espero que adivinhem o meu nome
Mas o que lhes intrigam
É a natureza do meu jogo
I watched with glee
While your kings and queens
Fought for ten decades
For the Gods they made
Assisti com orgulho
Enquanto seus reis e rainhas
Lutaram por dez décadas
Pelos deuses que eles criaram
I shouted out
"Who killed the Kennedys?" When after all
It was you and me
Gritei bem alto
"Quem matou os Kennedys?"
Quando afinal de contas
Foi apenas você e eu
Let me please introduce myself
I"m a man of wealth and taste
And I laid traps for troubadors
Who get killed before they reached Bombay
Permita-me por gentileza me apresentar
Sou um homem de fortuna e requinte
Deixei armadilhas para ministreis
Que morreram antes de chegarem a Bombaim
Pleased to meet you
Hope you guessed! my name, oh yeah
But what"s puzzling you
Is the nature of my game
Um prazer em lhe conhecer
Espero que adivinhem o meu nome, oh yeah
Mas o que lhes intriga
É a natureza do meu jogo
Pleased to meet you
Hope you guessed my name, oh yeah
But what"s confusing you
Is just the nature of my game
Um prazer em lhe conhecer
Espero que adivinhem o meu nome
Mas o que lhes confunde
É a natureza do meu jogo
Just as every cop is a criminal
And all the sinners Saints
As heads is tails
Just call me Lucifer
"Cause I"m in need of some restraint
Assim como todo cana é um criminoso
E todos os pecadores Santos
Como cara é coroa
Basta me chamar de Lúcifer
Pois estou precisando de alguma restrição
So if you meet me
Have some courtesy
Have some sympathy, and some taste
Use all your well-learned politesse
Or I"ll lay your soul to waste, um yeah
Então se me conhecer
Tenha alguma delicadeza
Tenha a simpatia, e algum requinte
Use toda sua polidez bem aprendida
Ou deitarei sua alma para apodrecer
Pleased to meet you
Hope you guessed my name, um yeah
But what"s puzzling you
Is the nature of my game, um! baby, get down
Prazer em lhe conhecer
Espero que adivinhem o meu nome, oh yeah
Mas o que lhes intrigam
É a natureza do meu jogo
Woo, who
Oh yeah, get on down
Oh yeah
Oh yeah!
Tell me baby, what"s my name
Tell me honey, baby guess my name
Tell me baby, what"s my name
I tell you one time, you"re to blame
Diga-me baby, qual é o meu nome
Diga-me doçura, qual é o meu nome
Diga-me baby, qual é o meu nome
Lhe digo uma vez, é sua culpa
Ooo, who, who
Ooo, who, who
Oh, yeah
Diga-me baby, qual é o meu nome
Diga-me doçura, qual é o meu nome
Diga-me baby, qual é o meu nome
Lhe digo uma vez, é sua culpa
Ooo, who, who
Ooo, who, who
Oh, yeah